Convidadas: Regina Célia Almeida, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha; e Amanda Sadalla, cofundadora e diretora executiva da Serenas. Tainara foi arrastada. Daniele, morta a facadas. Alane e Layse, baleadas. Catarina, violentada e estrangulada. Maria Katiane, agredida e achada morta após cair do 10° andar. Todas elas, vítimas de um crime recorrente no Brasil: o feminicídio. Nos seis primeiros meses de 2025, foram 718 casos: na média, quatro mulheres são mortas todos os dias no país. Um crime que não para de crescer, apesar de, desde o ano passado, ter tido sua pena endurecida. Pela lei atual, quem comete feminicídio pode ser condenado a até 40 anos de prisão. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Amanda Sadalla, cofundadora e diretora-executiva da Serenas, organização que atua para prevenir a violência contra mulheres e meninas; e ouve também Regina Célia Almeida, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha. Amanda explica como a prevenção e a orientação de agentes públicos são bases no combate ao feminicídio e à violência contra a mulher. Ela também fala da importância de educar meninos e meninas para romper ciclos de agressão e cita o Reino Unido como exemplo de boas práticas para evitar este tipo de crime. Regina responde que tipo de política pública precisa existir para atender as vítimas de violência doméstica e ressalta como as chamadas casas de acolhida são essenciais para o atendimento a mulheres e meninas. Por fim, Regina destaca a importância de mulheres saberem reconhecer que estão sendo vítimas de violência e abuso.
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32:50
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O marco temporal e a ofensiva aos direitos indígenas
Convidados: Fernanda Vivas, jornalista e produtora da TV Globo em Brasília; e André Trigueiro, jornalista da TV Globo e comentarista e editor-chefe do Cidades e Soluções, da GloboNews. Dois anos depois de o Supremo decidir que o marco temporal é inconstitucional, o Senado aprovou uma PEC que inclui a tese na Constituição. Pelo texto, os povos indígenas só vão poder reivindicar a posse de áreas que ocupavam, de forma permanente, em 5 de outubro de 1988. Na prática, se as comunidades não comprovarem que estavam nas terras nesta data, poderão ser expulsas. A análise do texto pelos senadores se deu de forma rápida: a votação em dois turnos ocorreu em apenas uma noite – o regimento da Casa determina intervalo de cinco dias úteis. Em paralelo, no Supremo Tribunal Federal os ministros voltaram a analisar quatro ações relacionadas ao marco temporal e aos direitos de terras indígenas. Para explicar em detalhes o que é o marco temporal, o que foi aprovado no Senado e o caminho da proposta a partir de agora, Natuza Nery conversa com Fernanda Vivas, jornalista da TV Globo em Brasília. Depois, Natuza conversa com André Trigueiro, comentarista da GloboNews e editor-chefe do programa Cidades e Soluções. Trigueiro avalia a constitucionalidade do marco temporal e aponta as consequências de uma eventual aprovação definitiva para os povos indígenas e para setores do agronegócio.
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O projeto que reduz a pena de Bolsonaro
Convidado: Davi Tangerino, advogado criminalista e professor de Direito da UERJ. Aprovado na Câmara durante a madrugada da quarta-feira (10), o chamado PL da Dosimetria agora segue para o Senado. Foram 291 votos a favor e 148 votos contra, além de 1 abstenção. A votação terminou às 2h30, depois de uma terça-feira caótica na Câmara. O texto prevê a reduzir a pena dos condenados pela trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e os militares do núcleo crucial. O projeto amplia a possibilidade de que a pena de um crime seja absorvida por outra -- é o que deve acontecer com a condenação de Bolsonaro por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e pelo crime de tentativa de golpe de Estado. E também reduz o tempo de pena em regime fechado para alguns casos, de 25% para 16%. A expectativa é que o texto seja analisado no Senado já na semana que vem. Se aprovado no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial. Quem explica os principais pontos do PL da Dosimetria é Davi Tangerino, professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em conversa com Natuza Nery, o advogado criminalista detalha o que acontece com a soma das penas por diferentes crimes – e no caso específico de Bolsonaro, o que muda na condenação por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O professor responde também o que acontece com a chamada progressão de regime no caso de Bolsonaro. E quem, além do ex-presidente e dos outros condenados na trama golpista, pode ser beneficiado caso o projeto vire lei.
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23:26
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O projeto que reduz a pena de Bolsonaro
Convidado: Davi Tangerino, advogado criminalista e professor de Direito da UERJ. Aprovado na Câmara durante a madrugada da quarta-feira (10), o chamado PL da Dosimetria agora segue para o Senado. Foram 291 votos a favor e 148 votos contra, além de 1 abstenção. A votação terminou às 2h30, depois de uma terça-feira caótica na Câmara. O texto prevê a reduzir a pena dos condenados pela trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e os militares do núcleo crucial. O projeto amplia a possibilidade de que a pena de um crime seja absorvida por outra -- é o que deve acontecer com a condenação de Bolsonaro por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e pelo crime de tentativa de golpe de Estado. E também reduz o tempo de pena em regime fechado para alguns casos, de 25% para 16%. A expectativa é que o texto seja analisado no Senado já na semana que vem. Se aprovado no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial. Quem explica os principais pontos do PL da Dosimetria é Davi Tangerino, professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em conversa com Natuza Nery, o advogado criminalista detalha o que acontece com a soma das penas por diferentes crimes – e no caso específico de Bolsonaro, o que muda na condenação por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O professor responde também o que acontece com a chamada progressão de regime no caso de Bolsonaro. E quem, além do ex-presidente e dos outros condenados na trama golpista, pode ser beneficiado caso o projeto vire lei.
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23:30
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Confusão e desordem na Câmara
Convidada: Ana Flor, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou a cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) por volta das 16h da terça-feira (9). Horas antes, Motta havia anunciado que colocaria em votação ainda nesta semana a cassação do mandato de Braga, acusado de quebra de decoro parlamentar por agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024. Glauber Braga se recusou a sair da cadeira de Motta até que, às 17h34, o sinal da TV Câmara foi cortado e a polícia legislativa tirou a imprensa do Plenário. Na sequência, pouco depois das 18h, o deputado Glauber foi retirado da Mesa Diretora de maneira truculenta pela polícia legislativa. Depois da confusão, Motta reabriu os trabalhos da Câmara. Por volta da meia-noite, os deputados começaram a analisar o projeto de lei que beneficia Jair Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe de Estado. Para explicar como foi a confusão e o que aconteceu a partir dela, Natuza Nery conversa com a jornalista Ana Flor. Colunista do g1 e comentarista da GloboNews, Ana Flor detalha qual o grau de ineditismo dos fatos registrados na Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Diretamente do Congresso, a jornalista pontua a diferença de postura adotada por Hugo Motta agora e em agosto, quando parlamentares bolsonaristas ocuparam a cadeira do presidente da Câmara por dois dias. Ana detalha também quais as perspectivas de análise das cassações de Glauber e dos deputados Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro, também anunciadas por Hugo Motta para os próximos dias.
Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com especialistas, com personagens diretamente envolvidos na notícia, além de jornalistas e analistas da TV Globo, do g1, da Globonews e demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e oferecer diferentes pontos de vista sobre os assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo.
O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1DXdFHK4Zrimdk