No vídeo de hoje, explico como o caso Yu Faxin — um dos principais cientistas da indústria militar chinesa, de repente desaparecido no sistema extrajudicial de detenção chamado liuzhi — escancara o novo clima de pânico entre empresários na China. Mostro como a Great Microwave, empresa de tecnologia dual ligada a radares, guerra eletrônica e comunicações estratégicas, está no centro da interseção entre negócios, Estado e segurança nacional, e por que executivos desse ecossistema se tornaram alvos preferenciais da campanha anticorrupção de Xi Jinping. A partir daí, destrincho o funcionamento do liuzhi (detenção sem juiz, sem advogado, luz acesa 24h, até oito meses renováveis), o salto no número de investigações, as prisões em massa no setor financeiro, farmacêutico e de tecnologia, a “lista dos desonestos” que bloqueia viagens e consumo, e a onda de suicídios corporativos que revela o tamanho da pressão. Analiso como esse ambiente jurídico-político transforma erro de negócios em sentença social, desestimula risco e inovação, mina a confiança do setor privado e afeta cadeias globais em áreas como semicondutores, carros elétricos, energia verde e hardware estratégico. No fim, respondo à pergunta central: essa campanha fortalece o sistema chinês ao combater a corrupção ou corrói silenciosamente a vitalidade econômica de que o próprio regime depende?
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ATÉ QUANDO OS SOLDADOS RUSSOS VÃO ACEITAR SER TRATADOS ASSIM?
No vídeo de hoje, eu explico como uma velha tática russa — tratar soldados como descartáveis — voltou com força na guerra da Ucrânia e pode estar criando o mais perigoso foco de oposição ao regime de Putin: a revolta silenciosa dentro da própria base pró-guerra. A partir do caso chocante de “Ernest” e “Goodwin”, enviados deliberadamente a uma missão suicida pelo coronel Igor Puzik, mostramos como o termo puzikovschina virou símbolo de um sistema onde corrupção, impunidade e incompetência transformam unidades inteiras em feudos pessoais, desviam recursos, empurram especialistas para a linha de frente como bucha de canhão e estendem contratos à força. Analisamos como essas práticas, somadas a perdas gigantescas, promessas quebradas, mobilizações intermináveis, dificuldades econômicas, protestos de esposas e viúvas, deserções morais e críticas de correspondentes militares leais ao regime, estão corroendo o pacto que sustentava a “máquina de guerra” russa. E avaliamos o que isso significa para o futuro da guerra na Ucrânia, para a estabilidade interna da Rússia e para o cálculo das potências ocidentais: até que ponto um exército que sacrifica seus próprios homens aguenta — e o que acontece quando a conta chega em casa na forma de caixões, inflação e descrença generalizada.
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FIM DE MADURO: MAIOR PORTA-AVIÕES AMERICANO À CAMINHO DA VENEZUELA
Os EUA não param de aumentar sua presença militar no caribe. Já são mais de 10 navios, dezenas de aviões e mais de 10 mil soldados concentrados por lá. Como se não bastasse, Trump ordenou que o maior porta-aviões do mundo, o Gerald Ford, vá para a região também.Claramente isso não é apenas uma ação de combate ao tráfico, mas sim uma tentativa de derrubar Maduro pela simples presença e ameaça americana na região. Isso pode evoluir para um ataque ou uma invasão completa? Quais os desdobramentos disso para o mundo e para a região? Vou tentar responder isso aqui nesse vídeo!
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GUERRA NO RIO DE JANEIRO: REFLEXO DO BRASIL
Ontem assistimos uma das maiores operações contra o crime organizado da história do país. As polícias do Rio de Janeiro fizeram uma operação especial contra uma facção criminosa nos complexos de favelas do Alemão e da Penha. A ação resultou em mais de 100 mortos e deixou o Rio de Janeiro e o Brasil em estado de alerta.O que nos trouxe até esse ponto? Quais os paralelos desse tipo de violência no resto do mundo? O que precisa ser feito para solucionar?Vou tentar responder algumas dessas perguntas nesse vídeo!
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BOMBA POPULACIONAL: O PESADELO DE MALTHUS - HISTÓRIA DO DINHEIRO EP. 8
No fim do século XVIII, Thomas Malthus lançou a ideia mais incômoda da economia: populações crescem em ritmo mais rápido do que a produção de alimentos — e, sem freios, a miséria volta sempre. Neste vídeo, partimos do “Scrooge” de Dickens para entender por que Malthus virou o “estraga-prazeres” da era vitoriana, como sua aritmética (população x alimentos) dialogou com a “lei de ferro dos salários” de Ricardo e por que utopistas como Owen, Fourier e Saint-Simon rejeitaram esse pessimismo. Depois, mostramos o que a história fez com essa tese: medicina, saneamento, produtividade agrícola, energia a vapor e a Revolução Industrial desmontaram os velhos limites; a renda disparou, a mortalidade caiu e a própria fertilidade encolheu — invertendo a profecia malthusiana.No final, você sai com um mapa simples: o que Malthus acertou, o que errou e o que ainda importa para entender crescimento, pobreza e demografia hoje. Comente: qual parte da tese malthusiana você acha que ainda se aplica — e onde ela falha de vez?
Heni Ozi Cukier (HOC) é cientista político, professor e palestrante. Formou-se em Filosofia e Ciências Políticas nos Estados Unidos. É mestre em Resolução de Conflitos e Paz Internacional pela American University, em Washington DC.
Nos Estados Unidos, trabalhou no Conselho de Segurança da ONU, na Organização dos Estados Americanos (OEA), no Woodrow Wilson Center e em outras organizações americanas.
HOC também é professor de Relações Internacionais e tem popularizado o conhecimento sobre geopolítica por meio de seu canal PROFESSOR HOC no YouTube, que é o maior canal de geopolítica do Brasil.